Burnout: quando o cansaço vai além do físico e vira um alerta para a Saúde Mental
- godoijessica
- 13 de mar.
- 2 min de leitura

Sentir-se cansado após uma semana intensa de trabalho é normal. Afinal, todos temos dias mais desafiadores, prazos apertados e demandas que exigem um esforço extra. No entanto, quando o cansaço se torna constante, persistindo mesmo após momentos de descanso, é hora de acender um alerta.
Esse pode ser um sinal de que o estresse comum está evoluindo para algo mais sério: o burnout.
O burnout não é simplesmente "estar estressado". Ele vai além. É um estado de exaustão emocional profunda, acompanhado por uma sensação de ineficácia e, em muitos casos, pela despersonalização – quando você se sente desconectado das suas atividades, colegas e até mesmo do propósito do seu trabalho. É como se você estivesse no piloto automático, mas sem energia ou motivação para continuar.
Como identificar os sinais do Burnout?
Além do cansaço crônico, o burnout pode se manifestar de diferentes formas:
Exaustão emocional: Sensação de que não há mais energia para lidar com as demandas do dia a dia.
Ceticismo e distanciamento: Perda de interesse pelo trabalho ou sensação de que nada faz sentido.
Redução da produtividade: Dificuldade para se concentrar, tomar decisões ou realizar tarefas que antes pareciam simples.
Sintomas físicos: Dores de cabeça, distúrbios do sono, problemas gastrointestinais e até alterações no apetite.
Se você se identificou com algum desses pontos, é importante parar e refletir: como você tem cuidado da sua saúde mental?
A terapia pode ser uma ótima aliada
Na TCC (Terapia Cognitivo Comportamental), trabalhamos com a identificação de pensamentos disfuncionais que podem estar alimentando o ciclo do burnout. Frases como "preciso dar conta de tudo", "não posso falhar" ou "descansar é perda de tempo" são comuns e, muitas vezes, inconscientes. Esses pensamentos criam uma pressão interna que nos leva a ignorar nossos limites físicos e emocionais.
A partir dessa identificação, criamos estratégias práticas para desenvolver um equilíbrio saudável entre produtividade e autocuidado. Isso inclui:
Reestruturação cognitiva: Questionar e reformular crenças que podem ser limitantes sobre trabalho e desempenho.
Gestão de tempo e prioridades: Aprender a dizer "não" e focar no que realmente importa.
Práticas de autocuidado: Incluir pausas, exercícios físicos e momentos de lazer na rotina.
E você, como tem cuidado da sua saúde mental no trabalho?
Reflita:
Quais são os sinais de cansaço que você tem ignorado?
Como você tem equilibrado suas demandas profissionais e seu bem-estar?
O que você faria diferente se priorizasse sua saúde mental?
O burnout não precisa ser o fim da linha. Com autoconhecimento, apoio e estratégias adequadas, é possível recuperar o equilíbrio e encontrar um sentido renovado no que você faz.
Se você está se sentindo sobrecarregado ou percebe que precisa de ajuda para lidar com esses desafios, busque ajuda.
Me conta: qual é a sua maior dificuldade para equilibrar trabalho e autocuidado?



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